D. Vasco da Gama nasceu em Sines em 1469 era filho de Estevão da Gama cavaleiro da casa de D. Fernando e nomeado por este alcaide-mor de Sines e D. Isabel Sodré. Vasco da Gama é referido em alguns documentos da época como ,por exemplo, quando D. João II em 1492 pede - lhe para ir a Setúbal e ao Algarve para realizar uma expedição punitiva contra navios franceses que amiúde atacavam barcos portugueses para se apoderarem da carga. O futuro Almirante assim fez cumprindo a sua missão, segundo rezam as crónicas de uma maneira implacável e determinada ficando muito bem visto aos olhos do Rei. Segundo alguns historiadores terá estudado ciência náutica e matemática com Abraão Zacuto um astrónomo e matemático de origem judaica que inventou as tabuas de declinação do Sol, cálculos muito importantes para se conseguir viajar pelos astros em alto mar. Em 1497 vai realizar uma notável viagem a 8 de Junho parte numa armada constituída por três navios S. Rafael comandada pelo seu irmão Paulo da Gama, S. Gabriel liderada por Vasco da Gama e Bérrio que tinha este nome por Manuel de Bérrio ter oferecido esta nau ao D. Manuel I. comandada por Nicolau Coelho. Depois de uma procissão que contou com o monarca D. Manuel I à beira do Tejo e com uma população em delírio. Os navios partiram para a viagem mais longa que o diâmetro do equador, quando se encontrava perto do cabo da boa esperança "guinou" para ocidente não se sabe bem porquê talvez para apanhar ventos favoráveis que lhe permitisse ultrapassar o cabo. Não sabemos ao certo porque o diário desta viagem atribuído a Álvaro Velho que referia este acontecimento, foi danificado, alguém terá rasgado as folhas enviando para o esquecimento o porquê da frota ter permanecido três meses neste local. A armada continuou e já depois de ter ultrapassado o cabo parou em Melinde no Quénia. Foram raptados dois muçulmanos um deles fugiu o outro foi forçado a revelar o caminho marítimo para a Índia. A frota depois de cruzar ventos e marés alcançou Calecute em 1498. Vasco da Gama é recebido pelo Samorim, nome que se dava ao monarca indiano, e pelo o seu séquito onde estavam alguns muçulmanos que o olharam desconfiados, porque se aperceberam que o que os portugueses queriam era o negócio mais valioso que existia na índia o comércio das especiarias. Foram oferecidos ao monarca indiano vários presentes que consistiam em vários objetos de latão e azeite já um pouco rançoso que o Samorim desprezou. Foi também entregue ao monarca um missiva do Rei D. Manuel I. Vasco da Gama deixou alguns portugueses na Índia para construírem uma feitoria e deu por terminada a sua missão regressando a Lisboa em 1499. Foi promovido a Almirante e coberto de riquezas e propriedades regressando à Índia mais duas vezes em 1502 e 1524 onde morreria nesse mesmo ano aos 55 anos. O legado de Vasco da Gama foi enorme permitindo ao reino de Portugal durante cem anos ter o monopólio do comércio das especiarias abrindo também caminho ,por exemplo, para a descoberta do Japão em 1443.