No século XIII em França os tempos corriam de feição aos templários ou cavaleiros do templo de Jerusalém como também eram conhecidos, esta ordem nasceu em 1118 e tem esse nome porque o local onde se estabeleceram em Jerusalém foi no monte do templo onde existia o templo de Salomão , esta ordem já tinha acumulado dividendos consideráveis, porque quem queria conhecer a Terra Santa (Jerusalém) pagava aos cavaleiros uma pequena comissão e entregava lhes o seu dinheiro e quando chegavam há Terra Santa os cavaleiros entregavam - lhes o dinheiro menos a comissão. Isto era uma maneira de os peregrinos não perderem as suas economias porque neste tempo havia muitos assaltos quando os peregrinos iam a pé da Europa a Jerusalém.
Os cavaleiros do templo tinham já um considerável pecúlio quando Filipe IV de França também conhecido como Filipe o Belo, contraiu uma grande soma de dinheiro junto dos cavaleiros do templo. Este foi só um dos empréstimos que o Rei pediu aos templários. As dividas foram - se acumulando porque a França envolveu - se em várias guerras, e era preciso comprar armas, e pagar ao exercito.
E segundo rezam as crónicas como o Rei não tinha dinheiro para pagar aos cavaleiros decidiu acabar com a ordem dos cavaleiros do templo. Numa sexta - feira treze, dizem que é por causa disso que na Europa existe a tradição de ser um dia aziago.
Foram presos o mestre (Jacque de Molay) e vários templários foram sujeitos a um julgamento em que foram acusados na cerimónia de iniciação da ordem de adorar o demónio e de submeterem os iniciados, a práticas homossexuais (sodomia), os cavaleiros negaram todas estas acusações, mas depois de serem submetidos a tortura confessaram. Sabemos que estas acusações não tinham fundamento. A sentença foi cruel e condenaram - os à fogueira, felizmente alguns destes cavaleiros conseguiram fugir antes de serem presos.
Aqui a lenda mistura - se com a realidade existe quem defenda que os cavaleiros do templo fugiram um pouco por toda a Europa, os casos mais célebres foram os que fugiram para a Escócia e fundaram a maçonaria que depois se espalhou pelo vetusto continente.
E também houve alguns destes cavaleiros que vieram para Portugal. E trouxeram consigo algum do dinheiro amealhado pela ordem templária. E é a este dinheiro que os historiadores franceses chamam de "tesouro dos templários" que terá sido usado para fazer face às despesas nos descobrimentos portugueses.
Verdade ou lenda?
Na nossa opinião não podemos negar algumas evidências primeiro é que a ordem dos templários veio para Portugal no tempo do Rei D. Dinis e construiu no século XIII entre outros o castelo de Tomar (também conhecida por terra templária) por outro lado o papa Clemente V extinguiu a ordem em 1314, bula Calladis Serpentis a pedido do Rei de França, mas D. Dinis que valorizava os feitos dos cavaleiros do templo na luta contra os mouros, em vez de dar ordem de expulsão aos templários mudou - lhes o nome para ordem de Cristo. E dessa forma os templários puderam continuar em Portugal.
No século XV o Infante D. Henrique que era filho de D. João I e D. Filipa de Lencastre filha do duque de Kent, deu um grande impulso aos descobrimentos portugueses, o infante era o mestre da ordem de Cristo "filha" da ordem dos templários, e qual era o símbolo dos templários?A cruz de Cristo que se pode observar nas velas das caravelas e naus portuguesas.
E é por essa razão que alguns historiadores referem que o tesouro dos templários foi usado nos descobrimentos, na nossa opinião foi isso que aconteceu é verdade mas de uma maneira indirecta. Os templários trouxeram o dinheiro para Portugal, investiram na compra de terras e moinhos que arrendaram aos camponeses criaram castelos e fortalezas, combateram os mouros e foram compensados pelo Rei. A ordem de Cristo subsidiaria da ordem dos Templários investiu esse dinheiro nos descobrimentos logo o tesouro dos templários foi fundamental no inicio dos descobrimentos portugueses. Porque não podemos esquecer que para construir as caravelas, equipar os navios pagar aos marinheiros era preciso avultados investimentos só possível se houvesse quem financiasse essa empreitada. Era necessário muitos maravedis e ducados as moedas da época, o Infante que era o mestre dessa mesma ordem decidiu em boa hora investir nos descobrimentos, porque acreditava que podia fazer bom negócio, para a sua pátria que precisava de cereais e de ouro para alavancar a economia perpetuando assim o símbolo a determinação e a coragem lendária dos Templários.
Este blogue foi criado com o propósito de divulgar os artigos, os livros, as conferências, do historiador e investigador Miguel da Rosa Lopes
sexta-feira, 31 de maio de 2019
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